ESPHERO graphica

Grupo de Escrita Criativa

Sobre
O grupo ESPHEROGRAPHICA é um grupo de jovens estudantes com gosto e paixão pela escrita que procuram a partilha mútua de experiência literárias que possam providenciar uma evolução própria e uma melhor construção de uma identidade literária.
Objectivos
Por meio de exercícios de escrita e de criatividade, desde a dinâmica mental até à compreensão gramatical, sintática e ortográfica da língua, o grupo de escrita Espherographica visa desenvolver uma série de actividades por fim a melhor as capacidades por meio de interajuda e comunicação com outros. Aqui serão dispostos os resultados dessas sessões.
Textos
Sessão #1 - Obras más, Texto Literário vs Texto Não Literário, componentes do texto literário

1.ª Parte:

Obras más – o que constitui uma obra mal construída – a procura dos defeitos numa obra considerada pelo interveniente mal construída recorrendo às características literárias a abordar na segunda parte.

2.ª Parte:

Alternativa – a boa narrativa. Regras literárias, problemas técnicos e desenvolvimento de um texto literário melhorado partindo da obra defeituosa.

- Diferenças entre um texto literário e um texto não literário

- Estrutura do texto narrativo: Introdução ou situação inicial (apresentação das personagens, exposição do problema, apresentação do espaço, tempo, etc.)

A introdução não tem necessáriamente de consistir num texto único com o propósito de apenas dispor. Ela pode vir dividida em capítulos e abordando diversas personagens; numa boa obra, levará vários capítulos até chegar à segunda parte.

Meio ou complicação: a complicação dos problemas expostos inicialmente, que partem do ponto inicial acima apresentado. É este o ponto em que a história irá atingir o clímax – o ponto de maior tensão na narrativa – e que levará ao ponto final.

Desenlace ou conclusão: a resolução do problema, o desfecho da história, o retorno a um ponto de equilíbrio.

- Coerência textual: aquilo que define o texto como uma unidade, que interliga todos os acontecimentos, personagens, que une a linguagem num só discurso.

Princípios:

Princípio da Não Contradição: diz-nos que o texto não pode afirmar e negar uma afirmação simultaneamente, contradizendo o discurso do narrador.

Princípio da Não Tautologia: o texto não deve ser supérfluo ou nulo; deve conter a informação necessária e seguir um rumo natural que não implique a negação ou repetição de ideias anteriores, utilizando a repetição de uma ideia por palavras diferentes, tornando-o redundante.

Princípio da Relevância: o texto coerente deve apresentar factos relacionados entre si; não deve haver discordância entre a relação causa/efeito.

- Modos de alcançar a coesão textual:

Substituição lexical: a substituição de uma palavra por um sinónimo ou expressão equivalente. Proporciona dinâmica ao texto e torna-o esteticamente mais apelativo.

Repetição: Repetição de palavras já utilizadas no texto. Isto permite ao leitor não perder em vista a ideia essencial do texto e alerta-o constantemente para o problema/ideia central do texto/parágrafo/diálogo, etc.

Pronomização: substituição do nome da personagem por um pronome; impede que o nome da personagem seja repetido exaustivamente e, no caso de discursos directos, torna o discurso mais realista e menos exaustivo.

Definitivização: Introdução de artigos definidos nas frases referentes a um objecto/sujeito já referidos anteriormente. Ajuda o leitor a reter a ideia essencial da frase por forma a não a esquecer.

Articulação interfrásica ou Marcadores discursivos: Expressões utilizadas para interligar as frases entre si, organizando-as numa estrutura plena de significado. Podem ser conectores ou marcadores conversacionais. Ajuda a criar um texto mais fluído e naturalista, tornando-o mais credível para o leitor.

Articulação entre as formas verbais e aspectuais: mantém uma coesão entre os advérbios e os tempos verbais utilizados, criando um discurso fluído, natural e gramaticalmente e semanticamente correcto.


Exercício

Agarrem num capítulo do livro apresentado como mau exemplo literário e rescrevam-no da forma que achariam correcta (não importa o tamanho, número de palavras ou páginas).

Se o capítulo for longo demais, escolham uma situação isolada que achem que tenha sido mal abordada e/ou exposta e reescrevam-na da forma que achariam correcta.


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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Membros
Ana Santos, Licenc. História da Arte, FCSH
José Cândido, Licenc. História da Arte, FCSH
Henrique Fernandes, Licenc. História da Arte, FCSH
Susana Pacheco, Licenc. Arqueologia, FCSH
Daniel Palmeiro, Licenc. Tradução, FLUL
Carol Louve, Mestr. Veterinária
Críticas
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