ESPHERO graphica

Grupo de Escrita Criativa

Sobre
O grupo ESPHEROGRAPHICA é um grupo de jovens estudantes com gosto e paixão pela escrita que procuram a partilha mútua de experiência literárias que possam providenciar uma evolução própria e uma melhor construção de uma identidade literária.
Objectivos
Por meio de exercícios de escrita e de criatividade, desde a dinâmica mental até à compreensão gramatical, sintática e ortográfica da língua, o grupo de escrita Espherographica visa desenvolver uma série de actividades por fim a melhor as capacidades por meio de interajuda e comunicação com outros. Aqui serão dispostos os resultados dessas sessões.
Textos
Exercício #2 - Sessão #2

1. O café estava delicioso

Numa esplanada, em Paris, com vista para a catedral de Notre Dame, encontrava-se uma esbelta mulher, toda vestida de roxo, a tomar o seu café, com um aroma fantástico que a fazia ter a sensação de se encontrar exactamente no centro da plantação, num país exótico e viciante.

Era um café cremoso, servido numa límpida chávena branca, que não apresentava qualquer vestígio de sujidade. O café estava precisamente na quantidade certa, a chávena não estava nem demasiado cheia, nem demasiado vazia.

Com aquele café e todo aquele ambiente em seu redor, o final de tarde daquela jovem mulher tornara-se num momento absolutamente espantoso.

2. Na rua estava frio.

Um homem, com cerca dos seus 30 anos, passeava-se pelas ruas da sua cidade, num dia de Inverno, como ele não presenciava fazia muito tempo. Ele vestia uma gabardina castanha escura até aos tornozelos, o que tornava possível aquela difícil tarefa de caminhar pela rua naquele dia escuro, em que se faziam sentir os 2 graus negativos. As suas mãos, que iam perdendo a sensibilidade a cada passo que dava, apresentavam-se num tom esbranquiçado, como se não tivessem uma pinga de sangue a atravessar as suas veias.

3. Estava vento, o homem apertou o casaco.

Mal saíra de casa, apercebera-se da enorme ventania que o rodeava. Após alguns passos, sentiu-se a ser empurrado, o que não ajudava na sua missão de chegar cedo ao trabalho. Sentiu uma enorme corrente de ar gelada a chegar-lhe ao seu peito, que apenas estava coberto com uma camisa e um polo sentindo, como tal, uma enorme necessidade de abotoar o seu casaco cinzento escuro, com uns enormes botões pretos, que por vezes tinham alguma dificuldade em atravessar os buracos nos quais tinham de entrar. Assim, depois de toda esta luta, o homem prosseguiu o seu caminho até se encontrar “seguro”, no seu local de trabalho.

4. A mulher olhava o relógio impacientemente.

Tinha um encontro marcado para as oito da noite, com o seu namorado, no dia em que faziam um mês de namoro, o que a deixava bastante impaciente, com a sensação de que quanto mais olhava para o ponteiro do seu relógio, menos este se movimentava. Eram já sete e meia da tarde e o ponteiro parecia ter encravado, nunca mais andava para a esquerda. Esta espera interminável estava a deixá-la louca, já estava arranjada há cerca de uma hora e agora é que tudo custava a passar.

Tentava fazer de tudo para se abstrair daquela horrível situação de ter de esperar por algo que tanto se anseia, mas eram tudo tentativas fracassadas, quanto mais tentava não pensar, mais aquela espera a consumia por dentro.

5. A mulher sentou-se na cadeira desconfortavelmente, enquanto ajeitava a saia.

Sentada num banco de jardim, aquela mulher jovem, com os seus vinte e cinco anos, ajeitava a sua saia, pois reparava na forma como o homem que se encontrava num banco imediatamente à sua frente a olhava.

Era uma saia curta, feita de algodão, de um tom vermelho que chamava à atenção de qualquer um. Por baixo apenas trazia collants transparentes, ditas de vidro, que deixavam mostrar a sua roupa interior, também ela vermelha.

Todo este cenário deixava o homem completamente embasbacado e fascinado com aquela mulher, que ainda por cima era extremamente bem torneada, com umas pernas que qualquer homem considerava “boas”, para as quais era impossível não olhar, principalmente numa situação daquelas em que elas practicamente o chamavam pedindo para ele as “comer com os olhos”.

Apesar do seu ar provocante, a mulher sentia-se desconfortável com a situação, fazendo os possíveis para cobrir, com a saia, a máxima área possível das suas ancas e pernas, o que se revelava uma tarefa bastante complicada devido à minúscula quantidade de tecido que a constituía.

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Membros
Ana Santos, Licenc. História da Arte, FCSH
José Cândido, Licenc. História da Arte, FCSH
Henrique Fernandes, Licenc. História da Arte, FCSH
Susana Pacheco, Licenc. Arqueologia, FCSH
Daniel Palmeiro, Licenc. Tradução, FLUL
Carol Louve, Mestr. Veterinária
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